DEUSES GREGOS Mitologia e religião grega, deuses da Grécia Antiga, panteão grego, características e representações.
A mitologia grega compreende o conjunto de mitos, lendas e entidades divinas e/ou fantásticas, (deuses, semideuses e heróis) presentes na religião praticada na Grécia Antiga, criados e transmitidos originalmente por tradição oral, muitas vezes com o intuito de explicar fenómenos naturais, culturais ou religiosos - como os rituais - cuja explicação não era evidente. As fontes remanescentes da mitologia grega ou são transcrições dessa oralidade, ou trabalhos literários feitos em tempos posteriores à criação dessa oralidade. Os historiadores da mitologia grega têm, muitas vezes, de se basear em dados fragmentários, descontextualizados (fragmentos de obras literárias, por exemplo) ou através de indícios transmitidos na iconografia grega (principalmente, os vaso vasos) para tentarem reconstituir a riqueza narrativa e conceptual de uma das mitologias mundiais que mais interesse desperta.
Em suas várias lendas, histórias e cânticos, os deuses da antiga Grécia são descritos como quase humanos em aparência, porém imunes ao tempo e praticamente imunes a doenças e feridas, e capazes de se tornarem invisíveis, de viajarem grandes distâncias quase que instantaneamente e de falarem através de seres humanos sem o conhecimento destes. Cada um dos deuses tem sua própria forma física, genealogia, interesses, personalidade e sua própria especialidade. Essas descrições, no entanto, têm variantes locais que nem sempre estão de acordo com as descrições usadas em outras partes do mundo grego da época. Quando esses deuses eram nomeados em poesias ou orações, eles se referiam à uma combinação de seus nomes e epítetos, com estes os indentificando distinguindo-os de outros deuses. Natureza da mitologia grega Enquanto todas as culturas através do mundo têm suas próprias mitologias, esse termo é de cunhagem grega e teve um sentido específico nessa cultura. Ele deriva de muthologia: muthos, que no grego homérico significa superficialmente um discurso ritualístico de um chefe, um poeta ou um sacerdote; logos, que no grego clássico significa "uma história convincente, um argumento em ordem"; Originalmente, então, a mitologia é uma tentativa de trazer sentido às narrativas estilizadas que os gregos recitavam em festivais, sussurravam em locais sagrados e espalhavam em banquetes de aristocratas. Visão geral O espectro da mitologia grega é enorme. Abrange desde os crimes mais cruéis dos primeiros deuses e as sangrentas guerras de Tróia e Tebas, à infância de Hermes e o sofrimento de Deméter por Perséfone. A era dos deuses Assim como seus vizinhos, os gregos acreditavam num panteão de deuses e deusas que eram associados a específicos aspectos da vida. Afrodite, por exemplo, era a deusa do amor, enquanto Ares era o deus da guerra e Hades o dos mortos. Algumas deidades como Apolo e Dionísio revelavam personalidades complexas e uma variedade de funções, enquanto outros como Hestia (literalmente "lar") e Helios ("sol") eram pouco mais que personificações. Existiam também deidades de lugares específicos, como deuses de rios e ninfas de nascentes e cavernas. Tumbas de heróis e heroínas locais eram igualmente veneradas. Apesar de centenas de seres poderem ser considerados deuses ou heróis, alguns não representavam mais que folclore ou eram honrados somente em lugares (Trophonius) e/ou festivais específicos (Adonis). Rituais de maior abrangência e os grandes templos eram dedicados, em sua maioria, a um seleto círculo de deuses, notadamente os doze do Olimpo, Heracles e Asclepius. Estas deidades eram o foco central dos cultos pan-Helênicos. Muitas regiões e vilas tinham seus próprios cultos à ninfas, deuses menores ou ainda a heróis e heroínas desconhecidos em outros lugares. A maioria das cidades adoravam os deuses maiores com rituais peculiares e tinham para estes lendas igualmente próprias. Fonte: https://pt.wikipedia.org
ORIGEM DOS DEUSES Para os gregos, não foram os deuses que criaram o Universo, e sim o Universo que oscriou. No princípio era o Caos (fenda), que gerou Géia ou Gaia (a Terra), que por sua vezespontaneamente gerou Pontos (o mar) e Urano (o céu). A união entre Géia e Pontos gerou as antigas divindades marítimas, praticamentepersonificadas em Nereu, o velho do mar, que podia assumir todas as formas, diluir-se edesmanchar-se na água. Nereu é representado como um ancião de barbas brancas ecorpo de peixe. Géia e Urano tembém se uniram, deles surgindo os Titãs (Oceano, Coeus, Crius,Hyperion, Japetus e Cronos), e as Titânidas (Thétis, Phoebe, Mnemósine, Théia, Themise Réia). Os irmãos uniram-se às irmãs, gerando uma série de divindades. Por escolha de Géia, coube a Cronos destronar o pai Urano, o que fez com uma foice deferro, metal gerado por Géia. Cronos castrou Urano, e atirou ao mar a bolsa escrotal e opênis, que provocaram uma onda de espuma manchada de sangue, da qual nasceuAfrodite. Cronos, por sua vez, foi destronado por Zeus, um dos filhos de sua união com Rhea.Cronos temia ser destituído como o pai, por isso devorava seus filhos. Quando donascimento de Zeus, Rhea enganou Cronos, dando-lhe uma pedra envolta em cueiros, eentregou a criança aos cuidados da ninfa Adrastéia, que o alimentou de mel e do leiteda cabra Amaltéia. Zeus chegou rapidamente à idade viril, e com a ajuda de Géia, derrubou Cronos,forçando-o a ingerir um remédio de mostarda e sal; Cronos regurgitou primeiro a pedra,depois os demais filhos (Héstia, Hades, Posseidon, Hera e Deméter). Zeus e osdeuses mais jovens combateram os Titãs, nas planícies da Tessália, e se apossaram doMonte Olimpo, que passou a ser a morada dos deuses. Na mitologia romana, Cronos éSaturno.
O encadeamento dessa sucessão de divindades tem como uma de suas explicações aprópria história da Grécia, cujos habitantes primitivos, os pelasgos, sofreram as invasõesdos aqueus, eólios, jônios e dórios, tribos de origem indo-européia ou ariana, quepenetraram e se fixaram na Grécia entre os séculos 20 e 12 a.C.. Esses povos invasoresfundiram seus mitos e lendas aos dos povos conquistados, daí resultando as diversasversões em torno da origem dos deuses, bem como a variação dos padroeiros dascidades e regiões. Fonte: greek.hp.vilabol.uol.com.br
DEUS ZEUS É o chefe supremo do Panteão Olímpico grego. Seu nome, de origemindo-européia, significa resplandecente, brilhante; é associado ao trovão e ao raio.Homero o chama de "Pai dos deuses e dos homens", colocando-o na posição depatriarca ou chefe de tribo, responsável pela justiça e pela ordem moral e social daGrécia. É representado como um homem robusto, majestoso, com uma barba imponente. Era odeus mais venerado da Grécia, e o seu principal centro de culto era em Olímpia. Zeus inspirou muitos mitos e lendas na literatura grega, sobretudo pela quantidade demulheres que possuiu. Tinha como mulher oficial Hera, uma de suas irmãs. Na religião romana, Zeus era conhecido como Júpiter.
DEUS POSEIDON Era o senhor do mar, segundo em importância na escala do Olimpo, poispara os gregos o comércio marítimo era uma peça fundamental da economia. Posseidon tinha um esplendoroso palácio no fundo do mar; sua mulher era Anfitrite, netado titã Oceano. É representado como um homem de boa aparência, barbudo, com umtridente nas mãos. Entre os romanos, era conhecido como Netuno.
DEUS HADES Dominava o mundo subterrâneo. Embora seja conhecido como o deus dosmortos, era também chamado Pluto, o deus das riquezas contidas no subsolo. Sombrio esinistro, raramente visitava a Terra, e possuía um capacete ou elmo que tornavaqualquer um invisível. Costuma ser representado num carro de ouro, com a cornucópiada abundância nas mãos. Sua mulher era Perséfone, filha de Zeus e da irmã de ambos, Deméter.
DEUS ARES Deus da guerra, filho de Zeus e Hera. A sua figura surgiu na época em que oferro passou a ser utilizado para a fabricação de espadas e escudos, e os Exércitospassaram a ter normas precisas para ataque e defesa. Possuía um caráter violento,apreciava cenas brutais e tinha prazer em observar a dor alheia. Ares não era cultuado na Grécia, onde o povo preferia a concórdia e a harmonia. Poressa razão, era muitas vezes o derrotado nos mitos gregos; Atena, deusa da sabedoria,o venceu várias vezes, o que era uma forma de demonstrar o triunfo da razão sobre abrutalidade. A versão romana de Ares é Marte.
DEUS APOLO Deus do sol, irmão gêmeo de Ártemis, deusa da caça, filho de Zeus e Leto, filhados titãs Coeus e Phoebe, tios de Zeus. Tinha qualidades atléticas, musicais e poéticas,possuía uma bela voz e tocava lira; os gregos o invocavam também em relação àmedicina, criação de gado, agricultura e no manejo do arco e flecha. Era também o deusdas profecias, concedendo esse dom aos humanos que apreciava; o seu oráculo emDelfos, era o mais célebre do mundo helênico. Os atributos de Apolo eram relativos à sua luminosidade, e integravam o modelo ideal dohomem grego, capaz de equilibrar heroísmo, beleza e sabedoria. Alguns mitos o colocamtambém como impiedoso e cruel, como no caso da transformação da ninfa Dafne numa árvore.
DEUS HERMES Conhecido como o mensageiro dos deuses, era filho de Zeus com a ninfaMaia, filha de Atlas, neta dos titãs Oceano e Thétis; Zeus a possuiu na calada da noite,enquanto Hera dormia, e Hermes nasceu pela manhã. Foi o deus dos pastores, viajantes por via terrestre, mercadores, pesos e medidas,atletas, e ladrões; venerado pela astúcia e sagacidade, inspirava também a literatura ea oratória. Ainda dedicava-se à música, sendo o inventor da lira e da flauta; no campoesportivo, era considerado o criador do pedestrianismo e do pugilismo. Como mensageirodos deuses, guiava as almas dos mortos para o mundo subterrâneo, e também estavaassociado com a transmissão dos sonhos aos mortais. Hermes é representado por um jovem bonito, de porte atlético, com sandálias ecapacete alados, portando o caduceu, símbolo dos plenos poderes como executor dasordens de Zeus, e do seu caráter conciliador. Em Roma era venerado como Mercúrio.
DEUS HEFESTO Deus do fogo, artesão divino, que produzia muitos dos objetos e acessóriosutilizados pelos deuses, inclusive os raios de Zeus. Hefesto, segundo Hesíodo, foi gerado espontaneamente pela vingativa e ciumenta Hera,em represália a paixão de Zeus por Métis. Porém, Hera decepcionada com a feiúra dofilho, o atirou Olimpo abaixo. Em outra versão, Zeus o atira por ter apoiado Hera numadiscussão. Como artesão, Hefesto pretendia Atena como mulher, por ser a padroeira da indústria,mas ela o recusou por ser muito feio; em outra versão, ela desaparece do leito nupcial,e Hefesto ejacula no chão; num conto semelhante, o esperma derramado na coxa deAtena gera Erecteu, que foi rei de Atenas. Apesar dos desencontros, ambos são muitovenerados na cidade de Atenas, na qual as manufaturas tinham um papel importante naeconomia. Hefesto também aparece como o marido traído de Afrodite; depois desse episódio, segundo Homero (Ilíada), desposou Aglaea, uma das Graças. Na mitologia romana erachamado Vulcano.
DEUS DIONÍSIO Era um dos deuses mais populares. Conhecido em Roma como Baco, foicaracterizado de duas maneiras: na primeira como o deus do vinho, da vegetação,fertilidade, e também padroeiro do teatro; na segunda, como o iniciador no êxtasemístico resultante da entrega do corpo às substâncias inebriantes, com ênfase para asbebidas alcoólicas. Assim, era o inspirador de cultos orgiásticos. Dionísio era filho de Zeus com Semele, uma bela mortal a quem prometera satisfazetodos os desejos. Semele pediu para ver Zeus em toda a sua majestade, mas os raiosluminosos procedentes dessa visão a carbonizaram; como estava esperando Dionísio, elae o filho em gestação foram para o Hades, de onde Zeus o resgatou, levou para oOlimpo, costurando-o em sua coxa, de onde foi retirado ao completar a gestação. Háoutra versão em que Dionísio seria filho de Perséfone, deusa do mundo subterrâneo.
DEUSA HERA Além de irmã de Zeus, também foi a sua mulher oficial. Protetora do matrimônio, extremamente ciumenta, buscava castigar as mulheres pelas quais Zeus se apaixonava. Não perdoava aqueles(as) que a ofendiam. As mulheres casadas invocavam o seu auxílio no momento do parto. Em algumas cidades, Ilítia ou Eileithyia, a divindade consagrada a esse acontecimento, identificava-se com a própria Hera, em outras como sua filha. Os romanos tratavam Hera como Juno.
DEUSA HÉSTIA Deusa dos laços familiares, simbolizada pelo fogo da lareira. Cortejada por Possêidon e Apolo, jurou virgindade perante Zeus; embora não apareça com frequência nas histórias mitológicas, era admirada por todos os deuses. Quando os gregos fundavam cidades fora da Grécia, levavam o fogo da lareira como símbolo da ligação com a terra mater. Em Roma era cultuada como Vesta; suas sacerdotisas eram chamadas vestais, e faziam voto de castidade.
DEUSA DEMÉTER Deusa da terra fértil, dos campos e dos cereais, especialmente do trigo. Era uma das deusas mais antigas, associada a Géia e à sua própria mãe Réia. Seu culto era praticado em diversas regiões do mundo helênico, onde assumia os nomes de Cibeles (Frígia), Ísis (Egito) e Ceres (Roma).
DEUSA ARTEMIS Deusa das florestas, da caça e dos animais selvagens. Em algumas cidades era a deusa da fertilidade e do nascimento das crianças; também era considerada a divindade da luminosidade lunar, e protetora da juventude feminina. Existiam contradições nos papéis a ela atribuídos. Ao mesmo tempo em que era a deusa da caça, protegia os animais, especialmente os cervos; embora fosse virgem, virtude que foi defendida em vários mitos, protegia os partos. Era descrita como uma mulher alta, que se destacava das ninfas que a acompanhavam; portava arco e flecha, e era rodeada por uma matilha. Também é representada com cabelo preso e seios à mostra. Em Roma era venerada como Diana.
DEUSA ATENA Deusa da sabedoria, indústria, justiça, guerra e artes. Era filha somente de Zeus, que ao sentir uma terrível dor de cabeça, pediu a Hefesto, deus do fogo e padroeiro dos artesãos, lhe abrisse o crânio; então, dele saltou Atena, já dulta. Atena teria sido concebida por Métis, a antiga deusa da prudência, que em alguns mitos foi a primeira mulher de Zeus, porém havia uma profecia de que a criança o destronaria; então, Zeus devorou Métis, e teve Atena sozinho. Na guerra, Atena associava-se ao combate individual, estratégia e justiça, diferentemente de Ares, que tinha prazer apenas pela brutalidade. O atributo da vitória era em algumas cidades consagrado a Atena, em outras aparecia Nike, uma deusa específica para a vitória, representada por uma mulher alada. Minerva era o nome que os romanos designaram para Atena, e Victória para Nike.
DEUSA AFRODITE Deusa do amor, beleza e êxtase sexual. De acordo com Hesíodo, nasceu quando Urano foi castrado por Cronos, que atirou os órgãos genitais ao mar; um turbilhão levantou-se e dele ela surgiu. Há uma outra versão em que Afrodite é filha de Zeus e Dione. Afrodite era uma deusa de origem asiática, similar a Ishtar da Mesopotâmia, e a Ashtart sírio-palestina. Seus símbolos eram o delfim, o pombo, o cisne, a romã e a limeira. A presença de Afrodite causou um alvoroço no Olimpo; Zeus, temendo uma briga entre os deuses, por causa dos seus encantos, resolveu casá-la com Hefesto, deus do fogo e ferreiro dos deuses, por ele considerado o mais estável emocionalmente; também se conta que foi uma forma de Zeus castigá-la pela vaidade. O casamento não deu certo; a bela, alegre e atraente deusa não se encantou pelo feio, coxo e encardido ferreiro, e o traiu com Ares. Eros, o garoto alado que atirava as flechas para que as pessoas se apaixonassem, é filho dessa união. Em Roma, Afrodite foi cultuada como Vênus, e Eros como Cupido.
Além desses deuses, que junto a muitos outros pululavam no Olimpo, havia heróis (filhos de deusas ou deuses com mortais), semideuses, faunos, sátiros e uma infinidade de entidades mitológicas que explicavam por lendas todos os fenômenos da natureza. Entre os heróis mais populares, podemos citar:
Io - amada por Zeus, que a transformou em novilha para escondê-la da ciumenta Hera. Deucalião e Pirra - únicos sobreviventes do dilúvio que Zeus mandou ao mundo pervertido. Héracles - ou Hércules, autor dos famosos Doze Trabalhos; era filho de Zeus e da moratal Alcmena. Édipo - que matou a esfinge e casou-se com sua própria mãe. Perseu - que matou a Medusa, uma das Górgonas, e libertou a princesa Andrômeda da serpente marinha. Cadmo - que matou um dragão e no local fundou a cidade de Tebas. Europa - irmã de Cadmo, foi amada por Zeus que lhe apareceu sob a forma de um touro e, em suas costas, atravessou o mar. Jasão - chefe dos Argonautas, equipe de heróis - Héracles, Orfeu, Castor e Pólux, e outros - que navegou no navio "Argos" em busca do Velocino de Ouro. Teseu - que penetrou o labirinto de Creta e matou o Minotauro, acabando por unificar a Ática. Atalanta - mulher aventurosa que se casou com o ardiloso Hipomenes. Belerofonte - que matou o monstro Quimera e domou o cavalo alado, Pégaso. Os heróis de Tróia -Aquiles, Heitor, Ájax, Agaménon, Ulisses - autor da idéia do cavalo de Tróia - e outros.
Os gregos criaram vários mitos para poder passar mensagens para as pessoas e também com o objetivo de preservar a memória histórica de seu povo. Há três mil anos, não havia explicações científicas para grande parte dos fenômenos da natureza ou para os acontecimentos históricos.
Portanto, para buscar um significado para os fatos políticos, econômicos e sociais, os gregos criaram uma série de histórias, de origem imaginativa, que eram transmitidas, principalmente, através da literatura oral.
Grande parte destas lendas e mitos chegou até os dias de hoje e são importantes fontes de informações para entendermos a história da civilização da Grécia Antiga. São histórias riquíssimas em dados psicológicos, econômicos, materiais, artísticos, políticos e culturais.
Entendendo a Mitologia Grega.
Os gregos antigos enxergavam vida em quase tudo que os cercavam, e buscavam explicações para tudo. A imaginação fértil deste povo criou personagens e figuras mitológicas das mais diversas. Heróis, deuses, ninfas, titãs e centauros habitavam o mundo material, influenciando em suas vidas. Bastava ler os sinais da natureza, para conseguir atingir seus objetivos. A pitonisa, espécie de sacerdotisa, era uma importante personagem neste contexto. Os gregos a consultavam em seus oráculos para saber sobre as coisas que estavam acontecendo e também sobre o futuro. Quase sempre, a pitonisa buscava explicações mitológicas para tais acontecimentos. Agradar uma divindade era condição fundamental para atingir bons resultados na vida material. Um trabalhador do comércio, por exemplo, deveria deixar o deus Hermes sempre satisfeito, para conseguir bons resultados em seu trabalho.
Os principais seres mitológicos da Grécia Antiga eram :
- Heróis : seres mortais, filhos de deuses com seres humanos. Exemplos : Herácles ou Hércules e Aquiles.
- Ninfas : seres femininos que habitavam os campos e bosques, levando alegria e felicidade.
- Sátiros : figura com corpo de homem, chifres e patas de bode.
- Centauros : corpo formado por uma metade de homem e outra de cavalo.
- Sereias : mulheres com metade do corpo de peixe, atraíam os marinheiros com seus cantos atraentes.
- Górgonas : mulheres, espécies de monstros, com cabelos de serpentes. Exemplo: Medusa
- Quimeras : mistura de leão e cabra, soltavam fogo pelas ventas.
Medusa: mulher com serpentes na cabeça
O Minotauro
É um dos mitos mais conhecidos e já foi tema de filmes, desenhos animados, peças de teatro, jogos etc. Esse monstro tinha corpo de homem e cabeça de touro. Forte e feroz, habitava um labirinto na ilha de Creta. Alimentava-se de sete rapazes e sete moças gregas, que deveriam ser enviadas pelo rei Egeu ao Rei Minos, que os enviavam ao labirinto. Muitos gregos tentaram matar o minotauro, porém acabavam se perdendo no labirinto ou mortos pelo monstro.
Certo dia, o rei Egeu resolveu enviar para a ilha de Creta seu filho, Teseu, que deveria matar o minotauro. Teseu recebeu da filha do rei de Creta, Ariadne, um novelo de lã e uma espada. O herói entrou no labirinto, matou o Minotauro com um golpe de espada e saiu usando o fio de lã que havia marcado todo o caminho percorrido.
Deuses gregos
De acordo com o gregos, os deuses habitavam o topo do Monte Olimpo, principal montanha da Grécia Antiga. Deste local, comandavam o trabalho e as relações sociais e políticas dos seres humanos. Os deuses gregos eram imortais, porém possuíam características de seres humanos.
Ciúmes, inveja, traição e violência também eram características encontradas no Olimpo. Muitas vezes, apaixonavam-se por mortais e acabavam tendo filhos com estes. Desta união entre deuses e mortais surgiam os heróis.
Conheça os principais deuses gregos :
Zeus - deus de todos os deuses, senhor do Céu.
Afrodite - deusa do amor, sexo e beleza.
Poseidon - deus dos mares
Hades - deus das almas dos mortos, dos cemitérios e do subterrâneo.
Hera - deusa dos casamentos e da maternidade.
Apolo - deus da luz e das obras de artes.
Ártemis - deusa da caça e da vida selvagem.
Ares - divindade da guerra..
Atena - deusa da sabedoria e da serenidade. Protetora da cidade de Atenas
Cronos - deus da agricultura que também simbolizava o tempo
Hermes - divindade que representava o comércio e as comunicações
Hefesto - divindade do fogo e do trabalho.
ZEUS, PAI DOS DEUSES E DOS HERÓIS
Ao derrotar os Titãs e os Gigantes, destronando o pai Cronos (Saturno), Zeus (Júpiter), tornou-se o senhor absoluto do mundo e dos deuses. O seu reinado, comandado do alto do Olimpo, pôs fim à desordem do universo, antes governado pelas divindades primordiais, que traziam as forças desordenadas, como os vulcões e os terremotos, ou como a de Cronos, o deus do tempo, que a tudo devora e destrói. Zeus faz triunfar a ordem e a razão, que equilibra os instintos selvagens e as emoções desenfreadas dos deuses primitivos.
Zeus é o rei do Olimpo e dos deuses. Na sua relação de divindade com o homem, é quem abre a ele o caminho da razão, é quem passa para a humanidade o ensinamento e a descoberta do verdadeiro sentimento, obtido através da dor, da justiça e do merecimento. Zeus compadece-se com os sofrimentos dos mortais, mas não se deixa levar por eles, pois como senhor dos deuses e dos homens, mesmo quando magoado pelas emoções, não pode deixar de refletir a imagem da verdadeira justiça e da razão. Zeus não interfere quando os mortais ou os deuses faltam com a razão, mesmo que lhes sejam especiais.
Zeus é considerado o pai dos deuses e dos homens. Mesmo casado com Hera (Juno), sua irmã , ciumenta deusa que não lhe perdoa as traições, pois ela representa a visão de uma Grécia que se tornava monogâmica; Zeus como senhor absoluto do universo, trai e fecunda deusas, ninfas e mortais. Mais do que o sentido da fidelidade, Zeus obedece à função de fecundador, de pai de uma extensa prole de deuses e de heróis. Na Grécia antiga, as principais cidades contavam em suas crônicas históricas e nas lendas, que os seus fundadores, na maioria, eram filhos de Zeus.
Em Roma, Zeus foi relacionado a Júpiter, senhor absoluto dos deuses e protetor dos cônsules e dos imperadores. Assim como o Zeus grego, também ele é o pai da maioria dos deuses olímpicos, representante da razão e da ordem. É o deus da terra, dos raios e dos trovões, demonstrando assim, ser a mais poderosa de todas as divindades, sejam do Olimpo, dos mares ou do Érebo. Zeus é o pai do poder dos homens e das suas cidades.
Zeus Escapa de ser Devorado por Cronos
As lendas mais antigas apontam Zeus como o mais jovem dos crônidas (filhos de Cronos). Diante de uma profecia de sua mãe, a deusa Gaia (Terra), de que um dos filhos usurpar-lhe-ia o trono, Cronos vivia atormentado. Todas às vezes que Réia (Cibele), sua esposa, dava à luz a um filho, ele devorava-o logo a seguir.
Réia sofria com a perda dos filhos, cinco deles já tinham sido devorados pelo marido. Para proteger o sexto filho que o seu ventre gerava, Réia pediu auxílio a Gaia, que lhe ajudou a engendrar um plano. Momentos antes do parto, a deusa iludiu a vigilância de Cronos, indo dar à luz em uma caverna distante. Nasceu-lhe Zeus, que foi entregue às Ninfas e aos Curetes, jovens sacerdotes de Réia.
Ao voltar para junto do marido, a deusa pôs em prática o plano de Gaia. Apanhou do chão uma pedra, envolveu-a em grossas faixas, entregando-a para Cronos, como se fosse o filho. Na voracidade de devorar aquele que lhe poderia usurpar o poder sobre os deuses, Cronos engoliu a pedra a pensar ser o filho recém nascido. Zeus estava salvo, e voltaria para cumprir a profecia de destronar o pai.
O local de nascimento de Zeus segue duas vertentes da lenda, a mais corrente é a de que teria nascido na ilha de Creta, sendo citada ora no monte Ida, ora no Aégon ou ainda, no Dicteu. A segunda vertente aponta para a Arcádia como o local de nascimento de Zeus. Quanto ao local no qual cresceu e foi educado, todas as lendas convergem para Creta, onde o deus viveu aos cuidados dos sacerdotes da mãe, os Curetes, e das Ninfas.
Quando adulto, Zeus partiu para o confronto com o pai, disposto a cumprir a profecia que lhe apontava como o futuro rei dos deuses. O jovem imortal levou consigo um frasco com uma beberagem, preparada por Métis (a Prudência), que tão logo chegasse às estranhas de Cronos, provocar-lhe-ia uma convulsão tão profunda, obrigando-o a vomitar os filhos devorados.
Diante de Cronos, Zeus impôs a sua força, obrigando o pai a ingerir a bebida mágica. As entranhas de Cronos foram estremecidas, e de dentro dele surgiram os filhos devorados quando nascidos. Estavam todos vivos e adultos. Aos olhos de Zeus desfilaram os irmãos, a casta Héstia (Vesta), o taciturno Hades (Plutão), a loira Deméter (Ceres), o impetuoso Poseidon (Netuno), e a bela Hera (Juno). Segundo algumas versões, Hera, assim como Zeus, também tinha sido poupada de ser devorada pelo pai e criada aos cuidados de Tétis e das Horas.
Zeus Torna-se o Senhor dos Deuses e dos Homens
A partir da libertação dos crônidas das entranhas do pai, a luta de Zeus pelo poder começou a ser configurada. Poseidon e Hades juntaram-se ao irmão na imensa guerra gerada entre os deuses. Astuciosamente, Zeus desceu ao Érebo e libertou os Ciclopes, hábeis forjadores das armas, e os Hecatônquiros, monstros de cem braços, todos aprisionados por Cronos. Do lado de Cronos ficaram os Titãs e os Gigantes.
Os Ciclopes prepararam as armas dos desafiantes de Cronos. Para Poseidon fabricaram o tridente, para Hades o capacete mágico que o fazia invisível e para Zeus, o raio. A seguir, foi travada uma guerra violenta e sangrenta pelo poder, que duraria dez anos. Ao lado dos irmãos, Zeus destronou Cronos. Ao fim da guerra, Cronos e os seus irmãos, os Titãs, juntamente com os Gigantes, foram encerrados, para sempre, no Érebo.
A vitória de Zeus trouxe a paz entre os deuses e a harmonia ao universo. As divindades que traziam consigo as forças da desordem tinham sido vencidas. Zeus deflagrara a era da razão e da justiça para os homens e para os deuses. Após a vitória sobre Cronos, o poder foi dividido entre os três irmãos, a Poseidon coube o reino dos mares; a Hades o reino dos mortos, e a Zeus, o reino do céu e da terra, sendo responsável pelos fenômenos atmosféricos.
Com a evolução do mito, Zeus passou a ser descrito como o primogênito de Cronos, condição que lhe conferia o poder absoluto, assim como acontecia aos reis das cidades gregas. O primogênito, herdeiro legítimo, tinha os poderes ilimitados. O mesmo acontecia com o senhor dos deuses. Quando Homero (século IX a.C.) chamou Zeus de “pai dos deuses e dos homens”, descreveu-o como o pai dos gregos e do poder que se estabelecia através da evolução daquela civilização, que evoluíra as suas aldeias para imponentes cidades, que originaram os estados. A autoridade das cidades era exercida pelo rei, que impunha a sua soberania aos núcleos de famílias, que por sua vez eram submissos à figura do pai. Assim, Zeus representava a autoridade de rei dos deuses e dos homens, e dos pais, em uma civilização patriarcal. Como o deus absoluto, era ele quem estabelecia a disciplina e a ordem entre os súditos, protegendo-os e distribuindo a justiça. As funções de Zeus confundiam-se com as dos próprios reis de toda a Grécia, excetuando os seus poderes como divindade.
Zeus, Cultos e Imagens
Na Grécia, Zeus era o deus por excelência, era o pai e o rei, ambos absolutos. Por ser o altíssimo, o senhor de todos os deuses, era cultuado no alto das montanhas. Os templos erigidos em sua honra estavam no monte Olimpo, na Macedônia; no monte Ida, em Creta; no Helicão, na Beócia; nos montes Parnes e Himeto, na Ática; no Pélion, na Tessália; no Pangeu, na Trácia e, no Liceu, na Arcádia. O mais antigo santuário de Zeus estava situado em Dodona, no Epiro, encontrando-se ali, o mais famoso oráculo do deus.
No culto à divindade, vários epítetos foram atribuídos ao senhor do Olimpo, entre eles, Zeus Xênios, que protegia os estrangeiros, os mendigos, os desterrados e os aflitos. É o Zeus Xênios que é louvado por Homero em “A Odisséia”. Era o deus que condenava os que não sabiam ser hospitaleiros, os impiedosos e os implacáveis. Zeus Herkeios era o protetor das casas e das cidades, tendo a sua força sobre o poder pátrio. Zeus Ktésios era quem trazia aos devotos a prosperidade e maiores riquezas.
Zeus tinha a sua imagem representada com a fronte adornada por cabelos longos e ondulados; rosto majestoso, de homem maduro, cingido por uma longa barba crespa. A sua imagem foi inspirada na famosa estátua de Fídias (500?-432? a.C), que além das características descritas, trazia 13 metros de altura; o deus aparecia sentado em um trono feito de ouro, ébano, bronze e marfim; na fronte trazia uma coroa de ramos de oliveira como adorno; na mão direita segurava a vitória; na esquerda portava um cetro encimado por uma águia. A estátua de Fídias serviu como modelo para representações futuras, que costumavam mostrar Zeus envolto em um grande manto, com o braço direito e o peito descobertos. Nas imagens mais primitivas do deus, ele era representado nu, sem o manto real.
Pai de Deuses e Heróis
Ao tornar-se o senhor do Olimpo, Zeus tomou a irmã Hera como esposa. Com ela divide o reinado. Hera representa a mulher fiel, ciumenta e pouco tolerante com as amantes do marido. Do casamento real nasceram Ares (Marte), o deus da guerra, Hebe, símbolo da juventude eterna e, Hefestos (Vulcano), o deus do ferro e do metal, que nasceu disforme e coxo, uma alusão dos gregos aos casamentos entre irmãos e aos filhos geneticamente prejudicados com esta união.
Limitado por apenas três filhos no casamento, Zeus representa a realeza consumada pelo poder pátrio. Se a força vem de tal poder, ser pai é mais importante do que ser fiel a Hera. A força criadora do deus dos deuses faz com que se una às diversas mulheres, mortais ou imortais, fecundando-as com a sua prole divina e especial. O mito fecundador de Zeus fazia com que as cidades mais importantes da Grécia tomassem como patronos ou fundadores um filho de Zeus.
Mas a função procriadora de Zeus não é aceita por Hera. Impossibilitada de castigar o marido, devido à força de deus supremo, Hera vinga das amantes e dos filhos bastardos. Zeus assume para si não só o ímpeto da paixão, como o dever de proteger as amadas, assim como a sua imensa prole, da ira vingativa de Hera. Para que não seja reconhecido pela mulher enquanto ama e fecunda as amantes, o senhor do Olimpo assume várias formas e disfarces. Com a bela Dânae, ele assumiu a forma de chuva de ouro, quando a amou e fecundou, gerando o herói Perseu. Com Europa, o deus assumiu a forma de um touro, raptando a donzela fenícia, levando-a para Creta, onde, sempre usando a forma animal, amou-a e fecundou-a, gerando com ela três filhos, entre eles o famoso rei Minos. Com Leda, Zeus assumiu a forma de um cisne, gerando os gêmeos Helena, a mulher mais bela da Grécia, responsável pela Guerra de Tróia, e Pólux, que ao lado de Castor, foi transformado na constelação de Gêmeos. Com Antíopa, o deus transformou-se em um sátiro, gerando os gêmeos Anfião e Zeto. Com a ninfa Egina, Zeus transformou-se em uma labareda, gerando Éaco, que era a imagem da piedade e da justiça.
Vale ressaltar que os filhos de Zeus fora do casamento com Hera, foram mais brilhantes do que os legitimados pela união. Entre os deuses gerados com as amantes estão os gêmeos Apolo e Ártemis (Diana), Dioniso (Baco), Hermes (Mercúrio), Perséfone (Prosérpina), Atena (Minerva); os heróis Héracles (Hércules), Dárdano, Iasião, Épafo, Radamanto, Sarpedão, Lacedêmon, Britomártis, Argo, Pelasgo e Tântalo; alem das Musas, Graças, Horas, Moiras e Astréia.
Zeus é Assimilado a Júpiter
O mito de Zeus chegou a Roma muito antes da cidade ser transformada na capital de um grande império, e da sua expansão pelo mar Mediterrâneo. Muito antes de Roma conquistar a Grécia, assimilando a cultura helênica. Os romanos cultuavam os seus deuses locais, quando em contacto com as divindades helênicas, essas entidades locais passaram a ser identificadas com as dos gregos.
Zeus representava a figura do deus pai, do deus supremo e absoluto, divindade existente em todas as mitologias indo-européias, portanto era fácil assimilá-lo em diversas civilizações antigas. Em Roma teve a sua identificação local com Júpiter, antiga entidade do Lácio.
O mito mais antigo de Júpiter no mundo latino era o de Júpiter Latial, divindade de origem obscura, que tinha o seu santuário erguido nos montes Albanos. Júpiter Latial teria dado origem ao mito de Júpiter Capitolino, velha entidade da região do Lácio. Os carvalhos do monte Capitólio eram consagrados a Júpiter Capitolino. Foi este Júpiter que se identificou com o Zeus grego.
Senhor dos deuses romanos, Júpiter estendia o seu poder pátrio aos poderosos da cidade, tido como protetor dos cônsules durante a República Romana. Era costume que um cônsul dirigisse preces ao deus quando assumia o poder. Júpiter tornou-se esplendoroso com o fulgor do Império Romano. Quanto mais Roma atingia o seu apogeu como império do mundo, mais a divindade de Júpiter assumia a imagem do imperador, refletindo o retrato de cada um deles. Ao assimilar-se à imagem do imperador, Júpiter perdeu grande parte do seu sentido como divindade, passando a ser descrito pelos poetas romanos como um deus impetuoso e apaixonado, tornando-se um perseguidor volúvel de ninfas e mortais.
Os cultos a Júpiter em Roma, eram responsabilidade dos sacerdotes feciais, que tinham a sua autoridade suprema na figura do flamine dialis. O casamento de um flamine com uma flamínica, a sacerdotisa da deusa Juno, mulher de Júpiter, jamais poderia ser dissolvido. Tal casamento entre sacerdotes, simbolizava a união de Júpiter e Juno na terra.
Curiosidades: Deuses Gregos
Na concepção greco-romana, os imortais classificavam-se em: Divindades primordiais, superiores, siderais, dos ventos, das águas e alegóricas. Abaixo listarei os deuses utilizando a mesma concepção.
Divindades Primordiais:
Geia - Mãe de todos os seres, personificação da terra. Surgiu do Caos e gerou Urano, os Montes, o Mar, os Titãs, os Centímanos (Hecatonquiros), os Gigantes, as Erínies, etc. O mito de Géia provávelmente começou como uma veneração neolítica da terra-mãe antes da invasão Indo-Européia que posteriormente se tornou a civilização Helenística.
Urano - O primeiro rei do Universo, segundo Hesíodo (céu estrelado). Casou-se com Géia, da qual teve os Titãs, as Titânidas, os Ciclopes e os Hecatonquiros. Urano, por ódio, lançou no Tártaro os Ciclopes e os Hecatonquiros, Géia porém deu uma foice aos Titãs para que se vingassem. Cronos, o mais audacioso deles, castrou Urano e tornou-se o senhor do universo!
Cronos - Filho de Urano e Géia. O mais jovem dos Titãs. Se tornou senhor do céu castrando o pai. Casou com Réia, e teve Héstia, Deméter, Hera, Ades e Poseidon. Como tinha medo de ser destronado, Cronos engolia os filhos ao nascerem. Comeu todos exceto Zeus, que Réia conseguiu salvar enganando Cronos enrolando uma pedra em um pano, a qual ele engoliu sem perceber a troca. Mais tarde Zeus voltou, deu ao pai um remédio que o fez vomitar os filhos, e logo depois o destronou e baniu-o no tártaro. Cronos escapou e fugiu para a Itália onde reinou sobre o nome de Saturno. Este período no qual reinou foi chamado de “A era de ouro terrestre”.
Ciclopes - Arges, Brontes e Estéropes. Pertenciam a raça dos gigantes. Forjavam os raios e os trovões para Zeus. Teriam sido mortos por Apolo para vingar a morte de Asclépio. Segundo Homero, porém, teria sido um povo de gigantes rudes, fortes, indiferentes às divindades, dedicados ao pastoreio.
Hecantoquiros (ou Centimanos) - Briareu, Coto e Giges. Gigantes de cem braços e cinqüenta cabeças. Tendo hostilizado o pai, este os mandou pra horríveis cavernas nas vísceras da terra. Participaram da rebellião contra Urano. Quando Cronos tomou o poder, os aprisionou no tártaro. Libertados por Zeus, lutaram contra as titãs. Com a habilidade de arremeçar cem pedras de uma vez venceram os titãs. Briareus era guarda-costas de Zeus.
Titãs - Oceano, Hipérion, Japeto, Céos, Créos e Cronos.
Titanidas - Téia, Réia, Têmis, Mnemôsine, Febe e Téis.
Zeus - O deus supremo do mundo, o deus por excelência. Presidia aos fenômenos atmosféricos, recolhia e dispersava as nuvens, comandava as tempestades, criava os relâmpagos e o trovão e lançava a chuva com sua poderosa mão direita, à sua vontade, o raio destruidor; por outro lado mandava chuva benéfica para fecundar a terra e amadurecer os frutos. Chamado de o pai dos deuses, por que, apesar de ser o caçula de sua divina família, tinha autoridade sobre todos os deuses, dos quais era o chefe reconhecido por todos. Tinha o supremo governo do mundo e zelava pela ordem e da harmonia que reinava nas coisas. Depois de ter destronado o sei pai, dividiu com seus irmãos o domínio do mundo. Morava no Olimpo, quando sacudia a égide, o escudo formidável que lançava relâmpagos explodia a procela. Casou-se com Hera, porém teve muitos amores.
Hera - Irmã e esposa de Zeus, a mais excelsa das deusas. A Ilíada a representa como orgulhosa, obstinada, ciumenta e rixosa. Odiava sobretudo Héracles, que procurou diversas vezes matar. Na guerra de Tróia por ódio dos troianos, devido ao julgamento de Páris, ajudou os gregos.
Hestia - Deusa do fogo e da lareira.
Demeter - É a maior das divindades gregas ligadas à terra produtora; seu nome significa Terra-mãe. De Zeus teve Perséfone, que foi raptada por Hades. Enraivecida, fez com que a terra se tornasse árida. Zeus, para aplacá-la, obteve de Hades que Perséfone permanecesse quatro meses nos Infernos, junto com o marido, e oito meses ao lado de sua mãe. O seu mito em relação a Perséfone teve lugar nos mistérios eleusinos.
Apolo - Filho de Zeus e de Leto, também chamado Febo, irmão gêmeo de Ártemis, nasceu às fraldas do monte Cinto, na ilha de Delos. É o deus radiante, o deus da luz benéfica. A lenda mostra-nos Apolo, ainda garoto, combatendo contra o gigante Títio e matando-o, e contra a serpente Píton, monstro saído da terra, que assolava os campos, matando-a também. Apolo é porém, também concebido como divindade maléfica, executora de vinganças. Em contraposição, como dá a morte, dá também a vida: é médico, deus da saúde, amigo da juventude bela e forte. É o inventor da adivinhação, da música e da poesia, condutor das Musas, afasta as desventuras e protege os rebanhos.
Artemis - Deusas da caça, filha de Zeus e Leto, irmã gêmea de Apolo. Representava a mais luminosa encarnação da pureza feminina. Eram-lhe oferecidos sacrifícios humanos em tempos antiquíssimos. Deusa da Lua, declinava-se, circundada por suas ninfas, vagar de dia pelos bosques à caça de feras, à noite, porém, com o seu pálido raio, mostrava o caminho aos viajores. Quando a Lua, escondida pelas nuvens, tornava-se ameaçadora e incutia medo nos homens, tomava o nome de Hécate.
Atena - Surgiu toda armada do cérebro de Zeus, depois de ter ele engolido seu primeira esposa Métis. Era o símbolo da inteligência, da guerra justa, da casta mocidade e das artes domésticas e uma das divindades mais veneradas. Um esplêndido templo, o Partenon, surgia em sua honra na Acrópole de Atenas, a cidade que lhe era particularmente consagrada. Obra maravilhosa de Ictino e de Calícrates, o Partenon continha uma colossal estátua de ouro dessa deusa, de autoria do famoso escultor Fídias.
Hermes - Filho de Zeus e de Maia, o arauto dos deuses e fiel mensageiro de seu pai, nasceu numa gruta do monte Ciline, na Arcádia. Lodo que nasceu, fugiu do berço e roubou cinqüenta novilhas do rebanho de Apolo, em seguida, com a casca de uma tartaruga, construiu a primeira lira e com o som deste instrumento aplacou Apolo, enfurecido pelo furto; esse deus acabou por deixar-lhe as novilhas e deu-lhe o caduceu, a vara de ouro, símbolo da paz, n troca da lira. Zeus deu-lhe o encargo de levar os mortos a Hades, daí o epíteto de Psicompompo. Inventou, além da lira, as letras e os algarismos, fundou os ritos religiosos e introduziu a cultura da oliveira. Deus dos Sonhos, eram lhe oferecidos sacrifícios de porcos, cordeiros, cabritos… Seus atributos eram a prudência e a esperteza. Livrou Ares das correntes dos Aloídas, levou Príamo à tenda de Aquiles e matou Argos, guarda de Io. Era representado com um jovem ágil e vigoroso, com duas pequenas asas nos pés, um chapéu de abas largas na cabeça e o caduceu nas mãos.
Afrodite - A deusa mais popular do Olimpo grego, símbolo do amor e da beleza. Filha de Zeus e de Díone ou, segundo outra versão, nascida da espuma do mar na ilha de Chipre. Acompanhavam-na as Horas, as Graças e as outras divindades personificadoras do amor. Era esposa de Hefesto, porém amou Ares, Hermes, Dioniso, Poseidon e Anquises. Por seus amores com Ares, foi considerada também como divindade guerreira. A sede mais antiga de seu culto era a ilha de Chipre.
Hefesto - Deus do fogo, filho de Zeus e Hera. Trabalhava admiravelmente os metais e construiu inúmeros palácios de bronze, além da esplêndida armadura de Aquiles e o cetro e a égide de Zeus. Segundo uma tradição, nasceu coxo, pelo que sua mãe lançou-o do alto do monte Olimpo, foi recolhido por Tétis e Eurínome, com as quais permaneceu durante nove anos. Voltando ao Olimpo, ao defender Hera contra Zeus, este atirou-o do céu e, precipitando durante um dia inteiro, caiu na ilha de Lemos. Suas forjas, com vinte foles, foram depois do Olimpo colocadas no Etna, onde tinha os Ciclopes como companheiros de trabalho.
Hades - Senhor do reino subterrâneo. Acreditava-se que, com seu carro, viesse ao mundo para buscar as almas dos mortos. Possuía um capacete que o tornava invisível. Somente Hades tinha o poder de restituir a vida de um homem, porém, utilizou-se desse poder pouquíssimas vezes e, assim mesmo, a pedido da esposa. Era o deus das riquezas porque dominava nas profundezas da terra, de onde mandava prosperidade e fertilidade; era considerado um deus benéfico.
Poseidon - Depois que os Titãs foram derrotados por Zeus, na divisão do mundo coube-lhe a senhoria do mar e de todas as divindades marinhas. Tinha um palácio nas profundezas do mar, onde morava com sua esposa Anfiritre e seu filho Tritão. Sua arma era o tridente, com o qual levantava as ondas fragorosas, que engoliam as naus, e fazia estremecer o solo ou desperdiçar os recifes. Odiava Ulisses, por ele ter cegado o Ciclope Polifemo, seu filho. Foi inimigo de Tróia, depois que seu rei Laomendonte lhe negou a compensação pela construção das muralhas da cidade, ocasião em que mandou um monstro marinho para devorar Hesíon, filha do rei, que Héracles matou. Teve com Zeus, numerosos amores, todavia enquanto os filhos de Zeus eram heróis benfeitores, os de Poseidon eram geralmente gigantes malfazejos e violentos.
Ares - Deus da guerra, filho de Zeus e de Hera. Deleitava-se com a guerra pelo sei lado mais brutal, qual seja a carnificina e o derramamento de sangue. Inimigo da serena luz solar e da calmaria atmosférica, ávido de desordem e de luta. Ares era detestado pelos outros deuses, o próprio Zeus o odiava. Tinha como companheiros nas lutas Éris, a discórdia; Deimos e Fobos, o espanto e o terror, e Ênio, a deusa da carnificina na guerra. Amou Afrodite, da qual teve Harmonia, Eros, Anteros, Deimos e Fobos.
Dioniso - Filho de Zeus e de Sêmele, deus do vinho e do delírio místico. Em sentido mais geral, representava aquela energia da natureza que, por efeito do calor e da umidade, amadurece os frutos; era, pois, uma divindade benéfica. De todas as divindades, era a que mais aproximava dos homens. Teve um nascimento milagroso, com efeito, morrendo-lhe a mãe antes que tivesse o necessário desenvolvimento, foi recolhido pelo pai que o costurou numa de suas coxas e aí o conservou até que o garoto pudesse enfrentar a vida. Dioniso demonstrou muito cedo sua origem, divina: crescia livre, amante da caça e possuía o estranho poder de amansar as feras mais ferozes. Um dia, criou a videira e quis dar o vinho a todos os homens; para esse fim, empreendeu numa longa viagem, através de todas as terras, seguido por um cortejo de ninfas, sátiros, bacantes e silenos. Por onde passavam, os homens tornavam-se felizes. Na Frígia, concedeu ao rei Midas a faculdade de poder transformar em ouro tudo que tocasse. Na Trácia, o rei Licurgo tentou dispersas a comitiva: Dioniso indignado, cegou-o. Em Delos, concedeu às filhas do rei Ânio o poder de mudar a água em vinho. Casou-se com Ariadne, depois que esta foi abandonada por Teseu; as núpcias foram celebradas com suntuosidade e o casal subiu ao Olimpo sobre um carro puxado por panteras.
Divindades Siderais:
Helios - Filho de Hipérion e de Téia, titã por excelência, irmão de Selene e de Éos, personificação do Sol. Surgia todas as manhãs do Oceano para conduzir o carro do Sol, puxado por cavalos que expeliam fogo pelas narinas. Penetrava com seus raios em todos os juramentos. Mais tarde foi confundido com Apolo. O Colosso de Rodes foi uma estátua lhe consagrada.
Selene - Deusa da Lua, irmã de Helios e Éos, da família dos Titãs. Era uma linda deusa, de braços brancos, com longas asas, que percorria o céu sobre um carro para levar aos homens a sua plácida luz. Amou Endimião e foi, posteriormente, identificada com Ártemis.
Eos - Deusa que anunciava o dia. Era representada sobre o carro da luz, guiando os cavalos, com uma tocha na mão. Divindades dos Ventos:
Boreas - Filho de Astreu e de Éos, deus dos ventos do norte, morava na Trácia. Pertencia à raça dos Titãs e era irmão de Zéfiro, Euro e Noto. Raptou Orítia, com a qual casou e que lhe deu os filhos Cálais e Zetes.
Zefiro - Vento que sopra do Poente, anunciador da primavera e venerado como deus benéfico.
Euro - Vento que sopra do Oriente, dependente de Éolo.
Noto - O vento do Sul.
Eolo - Rei dos ventos, às vezes identificado com o filho de Poseidon e Arne. Morador das ilhas Eólias, acolheu amigavelmente Ulisses e seus companheiros e deu-lhes um odre em que estavam encerrados todos os ventos contrários à navegação Ítaca. Os companheiros de Ulisses, por curiosidade, abriram-no e os ventos desencadearam uma terrível tempestade que causou o naufrágio de quase toda a frota. Divindades das Aguas
Oceano - O mais velho dos Titãs, marido de Tétis, pai de todos os rios e das Oceânides. Era a personificação da água que envolve o mundo.
Nereu - Velho deus marinho, filho do Ponto e de Géia. tinha o dom da profecia e a faculdade de tomar várias formas. Era representado com os cabelos, sobrancelhas, queixo e peito cobertos por juncos marinhos e por folhas de plantas similares.
Proteu - Pastor das focas de Poseidon. Morava numa ilha próxima ao Egito e tinha o poder de metamorfosear-se em todas as formas que desejasse, não só de animais, mas também de plantas e de elementos, com a água e o fogo. Segundo Eurípedes, Proteu foi rei da ilha de Faros e, casando-se com Psâmate, teve os filhos Idoteu e Teoclímenes.
Ninfas - Filhas de Zeus, representavam as forças elementares da natureza. Moravam nos montes, nos bosques, nas fontes, nos rios, nas grutas, das quais eram potências benéficas. Viviam livres e independentes, plantavam árvores e eram de grande utilidade aos homems. Dividiam-se em Oceânides, Nereidas, Náiades, Oréades, Napéias, Alseidas, Dríades e Hamadríades.
Hércules, filho de Zeus com uma mortal, é um dos mais famosos personagens da mitologia grega. Símbolo da força grega, era um herói ideal em seu tempo, invencível e inclemente em batalha. Ficou famoso através dos lendários doze trabalhos, conjunto de peças escritas que chegou até os dias de hoje através de fragmentos e recopilações. Obra esta que narra a jornada do herói para vencer as provações impostas por Hera, esposa de seu pai Zeus, enciumada pela traição de seu marido. A deusa impôs a ele servir ao vil rei Euristeu cumprindo diversas provas até se ver livre da pena por crimes cometidos sob influência do poder da própria Hera.
A Mitologia Grega
Com certeza, muitas pessoas já ouviram muitas histórias sobre seres mitológicos, alguns com aparência diferenciada e com certos poderes. Mas, qual a origem desses seres mitológicos e qual suas relação com a Grécia? Inicialmente, vamos tentar entender o que são os mitos.
Os mitos são histórias, contos que objetivam a compreensão da origem do mundo e dos seres mitológicos que tinham determinados poderes. Acreditava-se na existência de diversos deuses, cada um com sua atribuição e sua história. Assim, a mitologia grega estuda a relação que essas histórias, esses mitos da Grécia Antiga tem com o seu povo.
Mitologia
O que evidencia os estudos para compreensão e análise dessas histórias são as evidências arqueológicas, que de alguma maneira podem revelar algumas suposições sobre os mitos e as aventuras da época.
Os Seres Mitológicos
A mitologia grega é repleta de seres mitológicos e mexe com a imaginação das pessoas, crianças e adultos. É repleta de curiosidades e muita riqueza de detalhes, aventuras e muitas histórias interessantes. Muitos são os seres mitológicos que tem uma história curiosa e repleta de mistérios e aventuras, como Hércules, a Guerra de Tróia, na qual narra a história de Helena, dentre muitos outros seres e Deuses, cada qual designado como Deus de algo.
Deuses
Uma história bastante curiosa é a do Centauro, o ser mitológico que segundo a mitologia grega, era metade homem e metade cavalo, ou seja, cabeça de humano e corpo de cavalo. Apesar de manterem contato freqüente com os humanos, eram muito brutais e selvagens. Centauro em grego significa “matador de touros” e eles habitavam as regiões de Tessália, região de montanhas e florestas.
A História do Centauro
Existem várias histórias que contam sobre esse ser mitológico. Uma delas refere-se ao surgimento do centauro por uma relação que Íxion teve com uma nuvem esculpida em formato de Hera, esposa de Zeus e dessa relação nasceu um ser metade homem, metade cavalo. Esse mito relata que Íxion tentou assediar Hera, por sua vez esposa de Zeus (Rei dos Deuses).
Surgimento
Hera então contou tudo a seu marido, que por sua vez para castigar Íxion, moldou uma nuvem com as características de Hera e a colocou perto de Íxion para ver qual seria sua reação. Íxion então se vangloriou achando que Hera havia cedido aos seus encantos. Zeus, muito furioso prendeu Íxion em uma roda de fogo e o jogou no Hades (inferno da mitologia grega). Porém, a nuvem esculpida com as formas de Hera deu origem ao Kentauro, que se tornou o pai dos centauros e deu origem aos outros centauros.
Ainda existe um mito que diz os centauros serem frutos de relacionamento dos Deuses. Além dos mitos, existem muitas lendas que envolvem os centauros, os seres mitológicos que eram vistos como parte dos monstros da mitologia, mas que tinham poder de socialização devido à parte humana que possuíam.
A história sobre o mito do Minotauro é mais complexa do que simplesmente seu encontro fatal com Teseu. Envolve principalmente o rei Minos e ainda algumas outras figuras importantes na mitologia grega.
Mitologia Grega: O Rei Minos e o Minotauro
Origens
O rei Minos de Creta ao ascender ao trono, sofria ameaças de seus irmãos que disputavam a posição e pediu um sinal ao deus Poseidon, que lhe enviasse do mar um touro branco para sacrifício como sinal de sua aprovação. E o deus enviou-lhe o touro, porém fascinado pela beleza do animal, Minos recusou-se a sacrificá-lo. Como punição, os deuses fizeram Pasífae, sua esposa, apaixonar-se pelo touro e com a ajuda do famoso artesão e arquiteto Dédalo, que criou uma vaca artificial para enganar o touro, a rainha uniu-se ao animal. Da união monstruosa nasceu uma criatura com cabeça de touro e corpo humano: o Minotauro. Originalmente batizado Astérion e nutrido por Pasífae em sua infância, tornou-se uma fera incontrolável ao crescer. Há muitas origens históricas também para o mito do Minotauro, entre elas a dos cultos religiosos em Creta, que era uma potência cultural na época. O touro estava ligado aos seus símbolos religiosos e diz-se que o principal sacerdote utilizava uma máscara com a forma da cabeça do animal, dando origem às lendas.
Dédalo e o Labirinto
O rei então ordenou a Dédalo, com a ajuda de seu filho Ícaro, que construísse um labirinto para conter o monstro, que também foi usado pelo rei para condenar prisioneiros à morte, para ser devorados pelo Minotauro. Porém Minos decidiu trancar também o arquiteto e seu filho em uma torre, para que não contassem a ninguém o segredo do labirinto e de quem era o Minotauro. Minos controlava as rotas marítimas, mas o engenhoso Dédalo sabia de uma saída: Construiu asas com penas de pássaros, costuradas e coladas com cera, para ele e seu filho. Instruiu seu filho Ícaro para que quando voassem para longe, se mantivesse voando baixo, longe do sol e lançaram-se à fuga. Porém em sua imprudência, Ícaro voou cada vez mais alto, e o sol derreteu a cera fazendo com que Ícaro caísse no mar e se afogasse. Entristecido, Dédalo ainda assim conseguiu escapar, e abrigou-se em terras distantes.
Mitos
Outras Histórias do Rei Minos
O rei Minos é uma figura importante na mitologia grega, tornando-se depois de sua morte um dos juízes dos mortos no submundo. Foi também responsável pela queda do rei Niso, durante sua batalha contra Atenas. O rei era famoso por ser invencível, porém seu poder tinha origem em seu cabelo. Minos seduziu sua filha Cila para que esta cortasse os cabelos do pai e com isso derrotou Niso de Mégara. Depois matou a filha traidora por seus atos contra o próprio pai. Antes de assumir seu papel no submundo, Minos estava à procura do fugitivo Dédalo e foi morto exatamente por este e seus protetores, enquanto buscava vingança.
Ulisses
As aventuras de Ulisses
Ulisses inicia sua jornada para casa após os dez anos da guerra de Tróia passando por várias ilhas e regiões aonde ocorrem eventos famosos na mitologia grega. Um dos primeiros lugares que visita a ilha dos comedores de Lótus, aonde aqueles que a consomem perdem toda a vontade de partir, perdendo alguns de seus marinheiros nessa região.
Depois pela ilha dos ciclopes, aonde acabam aprisionados na caverna de um deles, o terrível Polifemo. Só escapam depois de cegarem o ciclope enquanto este dormia embriagado, e ainda assim graças a um estratagema em que se escondem na parte de baixo da pelagem das ovelhas das quais ele cuidava, pois o mesmo ainda que cego, passava a mão sobre as mesmas para garantir que ninguém escaparia.
Depois, passaram pela ilha de gigantes canibais e os poucos sobreviventes terminaram na ilha da feiticeira Circe, aonde ao participarem de um banquete todos os homens de Ulisses foram transformados em animais com exceção do próprio, protegido pela ajuda do deus Hermes. Forçou-a a desfazer o feitiço e revelar-lhe como retornar a seu lar. Para fazê-lo o heróis teria de passar pela terra dos mortos e assim o fez, visitando os fantasmas de vários companheiros da guerra de Tróia e recebendo instruções para retornar.
Enfrentaram então vários monstros perigosos: Passaram pelas Sereias, que atraiam os marujos com seu canto, mas ordenou a sua tripulação que cobrisse os ouvidos com cera. Depois por Caribde, que engolia a água do mar em um redemoinho tentando tragar as embarcações e também por Cila, monstro de várias cabeças e longos pescoços que devorou alguns dos marinheiros roubando-os do convés.
Guerra
Os pretendentes e a esposa leal
Enquanto isso em Ítaca, Ulisses fora dado como morto e um bando de pretendentes dentre os nobres locais passou a habitar seu palácio e tentar cortejar sua esposa Penélope. Viviam de maneira detestável e abusavam claramente da hospitalidade, dado que ninguém poderia se opor a eles. Penélope no entanto se mantinha fiel ao marido e aguardou seu retorno, porém sofria a pressão dos pretendentes que logo a ameaçariam. Criou o estratagema de somente permitir-se pensar em desposar alguém quando terminasse de tecer uma mortalha, a qual ela desfazia durante a noite para ter que tecê-la novamente no dia seguinte.
Seu filho Telêmaco, no entanto estava perturbado tanto com a ausência do pai que não conhecera quanto com a presença dos pretendentes que ameaçavam gastar todos os recursos do palácio e perturbavam sua mãe. Decidiu então partir atrás de informações sobre o pai desaparecido e fez longa jornada até encontrar-se com o mesmo que retornava.
O retorno do rei
Ulisses no fim de sua jornada passa pela ilha do deus Sol aonde seus marinheiros erroneamente sacrificam o gado da divindade e são punidos por Zeus, sendo que somente Ulisses sobrevive. Chega náufrago a uma ilha aonde vivem os Feácios, marinheiros hábeis que enfim levam-no de volta ao lar após ouvir sua história.
O herói não retorna a Ítaca e encontra uma boa recepção. Têm de entrar disfarçado de mendigo e conta com poucos aliados, entre eles seu filho, para só então revelar-se em meio aos pretendentes que desejavam exterminá-lo. Uma batalha ocorre e com esforço heróico ele enfim retoma seu trono, reencontra sua mulher e a paz volta a reinar.
Deuses
Seres mistos de mulheres e animais (aves na figura clássica da mitologia grega), simbolizavam maus presságios e perigos e estavam presentes em alguns dos mais famosos mitos e obras gregos, como por exemplo a Argonáutica e a Odisséia.
Apolo
Sereias
Dotadas de um canto irresistível que atrai os marinheiros para a morte nas águas, as sereias são, originalmente na mitologia grega, seres mistos de aves e belas mulheres. Porém a palavra “sereia” nas línguas portuguesa, espanhola, francesa, italiana e algumas outras é a mesma usada para representar uma criatura fantástica metade peixe e metade mulher. Embora esta sereia tenha alguma similaridade em poderes com a sereia grega, é outra criatura e na arte grega era representada como uma ave com cabeça de mulher ou então como uma mulher com asas e pernas de pássaro. Uma de suas possíveis origens é que eram companheiras de Perséfone, e que ganharam as asas pelo poder da deusa Deméter, para que a ajudassem a procurar pela filha, quando esta foi raptada por Hades.
Romana
Odisseu (Ulisses)
Foi um dos heróis gregos que encontrou-se com as sereias, em sua jornada de volta para Ítaca após a guerra de Tróia. Foi avisado por Circe a respeito do canto das criaturas e ordenou a seus marinheiros que tampassem os ouvidos com cera de abelhas. No entanto curioso a respeito do canto das mesmas pediu para ser amarrado ao mastro, aonde pôde ouvir as sereias sem ser capaz de jogar-se ao mar em direção a elas. Algumas histórias dizem que as sereias morreram após a passagem incólume de Odisseu.
Em outra história, tentaram também atrair com seu canto os argonautas em sua jornada, porém o grande músico Orfeu, ao ouvir seu canto, usou de sua lira para tocar uma música tão bela que anulou os efeitos da tentação das criaturas.
Sereias e Harpias na Mitologia Grega
Harpias
Já as harpias eram muitas vezes representadas ou descritas como sendo horrendas e violentas, mas eram também representadas como aves com cabeças femininas ou torso ferminino. Em algumas fontes as harpias eram três: Aelo, Ocípete e Celeno.
Responsáveis por punir Fineu, que abusou do dom da profecia concedido por Zeus, roubando toda comida dele antes que ele pudesse consumi-la, ou sujando e estragando qualquer resto que ele pudesse encontrar. Foram encontradas pelos argonautas, que com o heroísmo dos boréades, guerreiros alados, conseguiram espantar as harpias e libertar Fineu. Porém como eram irmãs de Íris, divindade do arco celeste de mesmo nome, foram poupadas por pedido da mesma.
As harpias fizeram parte também da obra Eneida, aonde aparecem para os troianos com maus presságios durante um banquete, em que roubam a comida. Aparecem ainda no Inferno de Dante (parte da Divina Comédia), aonde fazem parte da punição dada aos suicidas, fazendo ninhos nas árvores que aprisionam as almas dos suicidas.
O titã Prometeu é uma figura famosa na mitologia grega, fazendo parte de fábulas bastante conhecidas, como por exemplo o roubo do fogo, que deu à humanidade. Filho de Jápeto e Têmis e irmão de Atlas, Menoécio e Epimeteu. É um titã conhecido (e punido pelos deuses) por sua inventividade, inteligência e esperteza.
Mitologia Grega – Prometeu
Considerado amigo da humanidade, muitas vezes se opondo à vontade divina para ajudá-la. Sob este ponto de vista era muitas vezes visto como a simbologia da inteligência humana contra tudo aquilo que é inflexível, da ciência contra a fé cega.
Criação do homem e a Titanomaquia
Algumas lendas que associam os Titãs à criação dos homens, contam que foi Prometeu o responsável por moldá-lo de forma a ter aspecto nobre e diferente dos demais animais. Mais tarde quando deuses olímpicos e Titãs guerrearam na batalha chamada Titanomaquia, Prometeu foi grande aliado dos olímpicos, ficando ao seu lado e assegurando sua vitória. Este fato leva à especulação sobre a severidade exagerada de sua posterior punição.
A escolha dos sacrifícios
Zeus
Prometeu desafia a inteligência de Zeus pela primeira vez quando este diz a humanidade que lhe faça um sacrifício e separe em duas partes os restos dos animais, para que ele escolha quais deverão ser oferecidas ao deus daí em diante.
Prometeu engana a Zeus ao pegar as melhores partes da carne e envolve-las em restos de aparência nojenta, e preparar meticulosamente os ossos envoltos em gordura e com boa aparência. Zeus escolhe a segunda opção, enganado pelo truque do titã e a humanidade então deveria sacrificar ossos e gordura, mantendo para si o melhor da carne.
O roubo do fogo
Há duas origens para a motivação do roubo do fogo, na primeira, envolvendo a criação do ser humano por parte dos titãs: Epimeteu, irmão de Prometeu, encarregado de dar a todos animais qualidades, distribui asas, carapaças e garras a todos, mas esquece-se do homem, o qual deveria honrar mais. Pede ajuda ao irmão que dá ao homem o fogo roubado dos olímpicos e com isso superioridade em relação a todas as feras.
Na origem mais comum, Zeus enfurecido com o engodo dos sacrifícios, decide tirar o fogo da humanidade condenando-a ao sofrimento. Prometeu novamente age em favor da humanidade e rouba o fogo do rei dos deuses, levando-o de volta à humanidade. Isto enfurece ainda mais a Zeus, que envia à humanidade Pandora, portadora de todos os males em sua caixa.
A punição
Deuses
Prometeu é então punido por seus engodos e pelo roubo, dado que Prometeu é um dos imortais, ele é condenado ao sofrimento eterno sendo acorrentado ao Monte Cáucaso, no qual todas as manhãs vinha uma águia devorar-lhe o fígado.
Dado sua natureza divina, o orgão se regenerava durante a noite, renovando seu sofrimento. Somente muito tempo depois Prometeu veio a ser libertado por Hércules, que o encontrou durante suas jornadas e flechando a águia, libertou-o.
A heróica trajetória de Perseu, o filho de Zeus
Perseu
A mitologia grega encanta e batiza milhares de pessoas no mundo até hoje. Mas o que simbolizam esses nomes? Que mensagem nos trazem essas figuras emblemáticas que se misturam com a história das civilizações antigas? Um grande representante dessa constelação é o herói Perseu, traduzido como aquele que destruiu o monstro Medusa.
Perseu era metade deus, metade mortal, fruto de uma relação entre Zeus e Danae. Jogados ao mar pelo seu avô, Perseu e sua mãe foram acolhidos pelo irmão do rei Polidectes. A trajetória heróica do mito inicia a partir de um torneio proposto pelo rei, o qual exigia a cabeça de Medusa – um monstro que transformava em pedra todo aquele que arriscasse olhar nos seus olhos. A prova foi lançada porque o rei, ao desposar Danae, temia perder o posto para Perseu.
O jovem vence a batalha com a ajuda dos deuses Atena, Hades e Hermes, cortando a cabeça de Medusa. Segundo a mitologia, a história ainda se dá em um caminho de outras grandes batalhas, igualmente vencidas pelo bravo Perseu. Ao retornar da missão vitoriosa, ele trava uma terrível luta com o monstro marinho Cetus, vencendo-a em nome da mão de Andrômeda, filha de Cassiópeia.
A última batalha
Sobre
Assim, de volta para casa em companhia da nova esposa, Perseu encontra a cidade em completo caos. Trava-se então nova batalha, desta vez em defesa da própria mãe, ameaçada pelo rei e seus seguidores. Inesperadamente Perseu, então com a cabeça de Medusa nas mãos, pede que aqueles que estiverem ao seu lado, fechem os olhos.
Assim o fizeram os mais fiéis companheiros de Perseu, e este então ergueu medusa, cujo olhar transformou a todos em pedra. A última conquista lhe dá direito ao trono do rei, posição que ele decide assumir em Tirino e Micenas, onde iniciou sua família, tendo entre seus filhos o destemido Hércules.
Mitologia grega
Lenda
Alguns pontos se confundem na mitologia grega, porém podem-se encontrar registros da lenda que explicam melhor o contexto. Deu-se a história que, junto a Perseu, nasce a profecia de que ele mataria seu próprio avô, Acrísio. Essa, portanto, seria a razão pela qual o avô lançou-o ao mar com sua mãe. Conta-se que, mesmo afastado desde o nascimento, intencionalmente Perseu acaba cumprindo a profecia arremessando por acidente um disco na cabeça do avô durante uma prova esportiva.
A lenda relata também, que ao fim da batalha contra o rei Polidectes, este foi transformado em pedra enquanto pedia-lhe clemência, estátua que teria virado objeto de decoração principal no reino de Perseu.
Um dos mais famosos heróis da mitologia grega, Teseu é conhecido como um grande guerreiro e por seu ímpeto e bravura (características que por vezes o colocaram em enrascadas), também sendo considerado um dos símbolos da cidade de Atenas.
Teseu
Origens
Tendo como pais tanto o deus Poseidon, quanto o rei Egeu de Atenas, e como mãe a mortal Etra, Teseu estava destinado a ser um herói antes de nascer: com Etra grávida, Egeu enterrou sua espada e sandálias sob uma grande rocha e disse que um dia se seu filho fosse realmente de linhagem real ele poderia mover a rocha e recuperar os objetos provando sua nobreza. No entanto com a chegada da feiticeira Medeia a cidade de Atenas, o rei a tomou como consorte e a mãe de Teseu criou-o distante, em sua terra natal Trezena.
Crescido, recuperou a espada e a sandália e retornou para Atenas, atravessando um árduo caminho aonde enfrentou alguns dos mais infames e perigosos bandidos da região. Chegando a Atenas, sofreu tentativas de assassinato por parte de Medeia, mas foi através de suas armas recuperadas, reconhecido e acolhido por seu pai e a feiticeira teve de fugir para a Ásia.
Origem
Teseu e o Minotauro
Um dos feitos mais famosos de Teseu foi derrotar e matar o minotauro de Creta, fera com com corpo de homem e cabeça de touro que era usado pelo tirano rei Minos para devorar prisioneiros em seu labirinto.
Creta havia ganho uma guerra contra Atenas e de nove em nove anos cobrava a vida de sete jovens homens e sete jovens mulheres atenienses para sacrificar ao minotauro. Em uma das embarcações que partiu, Teseu tomou o lugar de um dos jovens, disposto a matar o monstro. A embarcação partia com uma vela negra mas Teseu prometeu a seu pai que caso fosse vitorioso trocaria por uma branca durante a volta, simbolizando seu êxito.
Chegando a Creta conquistou o coração da filha de Minos, Ariadne, que ajudou-o em sua missão dando-lhe um novelo de fio que serviu-lhe como guia para depois conseguir retornar do labirinto do minotauro. Teseus então retornou levando consigo de volta os atenienses e ainda Ariadne, porém abandonou-a no caminho na ilha de Naxos e ainda esqueceu-se de trocar a vela negra por uma vela branca no retorno, fazendo com que seu pai ao avistar a embarcação aproximando-se, cometesse suicídio pensando que o filho morrera. O mar em que o rei se jogou foi batizado com seu nome, se tornando o mar Egeu.
Feitos
Teseu e Pirítoo
Outra das aventuras famosas de Teseu envolveu seu amigo e companheiro Pirítoo, príncipe dos Lápitas. Eram ambos filhos de deuses e decidiram que deveriam se casar com filhas de Zeus. Teseu escolheu Helena (que posteriormente seria a causa da guerra de Tróia) e raptou-a, mas como ela era ainda muito jovem, ele a deixou aos cuidados de sua mãe até que um dia pudesse se casar. Já Pirítoo escolheu Perséfone, que já era casada com o deus Hades. Descendo ao submundo foram recebidos pelo próprio Hades que lhes ofereceu um banquete, porém ao se sentarem para comer, ficaram presos nas cadeiras incapazes de se libertar, punição do deus pela audácia dos dois. Só depois Teseu foi libertado por Hércules quando este cumpria seu décimo segundo trabalho, mas Pirítoo foi audacioso demais escolhendo Perséfone, e jamais pôde ser libertado.
Pégaso, o famoso cavalo alado com inúmeras representações na arte e cultura até os tempos modernos tem suas origens na mitologia grega. Belerofonte é um herói que embora não goze da mesma fama dos maiores ícones da mitologia grega, foi um grande ícone muito respeitado, cavaleiro de Pégaso, que envolveu-se em diversos mitos importantes.
Mitos
Belerofonte
Belerofonte é um herói grego cuja história envolve atos nobres e tragédias. Exilado de sua terra natal por um crime cometido, ele busca expiar-se servindo ao rei Preto de Tirinto. Lá a rainha afeiçoa-se por ele, mas quando ele recusa os avanços dela, ela sente-se rejeitada e acusa-o injustamente de ter tentado violá-la. O rei, temeroso da punição de assassinar um hóspede, decide enviá-lo a outro rei para que este dê cabo de Belerofonte, o rei Ióbates da Lícia, pai de sua esposa. Dá ao herói uma carta para que entregue ao rei, mas mal ele sabe que esta carta contém a descrição de seus supostos crimes. Porém o rei ao recebê-lo abriga-o por dias antes de ler a carta e acaba temendo também por matar um hóspede. Decide então envia-lo em uma missão suicida, enfrentar o terrível monstro Quimera, uma fera que soprava fogo, com cabeça de leão, corpo de bode e cauda de serpente. Nesta hora ele recebeu a ajuda dos deuses para obter a companhia de Pégaso.
Mitologia Grega, o Pégaso e Belerofonte
Pégaso
Pégaso é filho da união entre o deus Poseidon e a górgona Medusa, nascendo junto a seu irmão Crisaor, a partir do sangue da decapitação de Medusa, quando esta é morta por Perseu. Pégaso era uma criatura indomável e livre, com algumas características de sua origem divina. Por exemplo, do golpe de seus cascos criou a fonte Hipocrene (significando “fonte do cavalo”), no monte Helicon, lar das Musas. Pégaso só se juntou a Belerofonte quando este, após um sonho em que recebia ajuda da deusa Atena, recebeu de fato um presente divino, uma sela dourada que amansava o cavalo alado. Este então deixou Belerofonte se aproximar e cavalgá-lo.
Gorgonas
As Aventuras e a Queda do Herói
Belerofonte enfrentou a quimera montado em seu novo companheiro, o que lhe permitia escapar das chamas lançadas pelo monstro. Mas a quimera era ainda assim quase invencível, só usando de um estratagema ele venceu, lançando chumbo na garganta do monstro, que derreteu nas chamas da criatura, matando-a sufocada. Teve de vencer muitos desafios lançados pelo rei, como uma batalha com as ferozes amazonas e enfrentou ainda assassinos contratados pelo mesmo. Só quando os deuses revelaram sua inocência o rei mudou de idéia, unindo então Belerofonte à sua própria filha. A fama e prestígio do herói cresceram e com isso seu orgulho. Ele decidiu que deveria ser recebido pelos deuses do Olimpo e voou em Pégaso em direção aos céus. Zeus irritado pela audácia enviou um inseto que picou Pégaso, fazendo-o derrubar o cavaleiro. Belerofonte ficou muito ferido e cego com a queda, vivendo miseravelmente devido a seu próprio orgulho.
As musas eram entidades mitológicas a quem era atribuída, na Grécia Antiga, a capacidade de inspirar a criação artística ou científica. Na mitologia grega, eram as nove filhas de Mnemosine e Zeus. O templo das musas era o Museion, termo que deu origem à palavra museu nas diversas línguas indo-europeias como local de cultivo e preservação das artes e ciências.
As nove musas
As nove musas |
|||
Musa |
Significado do nome |
Arte ou Ciência |
Representação (Atributo) |
Bela voz |
Eloqüência |
Tabuleta e buril |
|
Clio |
A Proclamadora |
História |
Pergaminho parcialmente aberto |
Amável |
Poesia Lírica |
Pequena Lira |
|
A doadora de prazeres |
Música |
Flauta |
|
A poetisa |
Tragédia |
Uma máscara trágica, uma grinalda e uma clava |
|
Polímnia |
A de muitos hinos |
Música Cerimonial (sacra) |
Figura velada |
Tália |
A que faz brotar flores |
Comédia |
Máscara cômica e coroa de hera ou um bastão |
A rodopiante |
Dança |
Lira e plectro |
|
A celestial |
Astronomia |
Globo celestial e compasso |
Musas dançam com Apolo, por Baldassare Peruzzi
Após a vitória dos deuses do Olimpo sobre os seis filhos de Urano, conhecidos como titãs, foi solicitado a Zeus que se criassem divindades capazes de cantar a vitória e perpetuar a glória dos Olímpicos. Zeus então partilhou o leito com Mnemósine, a deusa da memória, durante nove noites consecutivas e, um ano depois, Mnemósine deu à luz nove filhas em um lugar próximo ao monte Olimpo. Criou-as ali o caçador Croto, que depois da morte foi transportado, pelo céu, até a constelação de Sagitário. As musas cantavam o presente, o passado e o futuro, acompanhados pela lira de Apolo, para deleite das divindades do panteão. Eram, originalmente, ninfas dos rios e lagos. Seu culto era originário da Trácia ou em Pieria, região a leste do Olimpo, de cujas encostas escarpadas desciam vários córregos produzindo sons que sugeriam uma música natural, levando a crer que a montanha era habitada por deusas amantes da música. Nos primórdios, eram apenas deusas da música, formando um maravilhoso coro feminino. Posteriormente, suas funções e atributos se diversificaram.
As musas Clio, Euterpe e Talia, por Eustache Le Sueur
Suas moradas, normalmente situadas próximas à fontes e riachos, ficavam na Pieria, leste do Olimpo (musas pierias), no monte Helicon, na Beócia (musas beócias) e no monte Parnaso em Delfos (musas délficas). Nesses locais dançavam e cantavam, acompanhadas muitas vezes de Apolo Musagetes (líder das musas - epíteto de Apolo). Eram bastante zelosas de sua honra e puniam os mortais que ousassem presumir igualdade com elas na arte da música.
O coro das musas tornou o seu lugar de nascimento um santuário e um local de danças especiais. Também frequentavam o monte Hélicon, onde duas fontes, Aganipe e Hipocrene, tinham a virtude de conferir inspiração poética a quem bebesse suas águas. Ao lado das fontes, faziam gracioso movimentos de uma dança, com seus pés incansáveis, enquanto exibiam a harmonia de suas vozes cristalinas.
Na mitologia grega, as musas (em grego Μοῦσαι) eram, segundo os escritores mais antigos, as deusas inspiradoras da música e, segundo as noções posteriores, divindades que presidiam os diferentes tipos de poesia, assim como as artes e as ciências. Originalmente foram consideradas Ninfas inspiradoras das fontes, próximas das quais eram adoradas, e levaram nomes diferentes em distintos lugares, até que a adoração tracio-beócia das nove musas se estendeu desde Beócia ao resto das regiões da Grécia e ao final permaneceria geralmente estabelecida.
Ainda que na mitologia romana terminaram sendo identificadas com as Camenas, Ninfas inspiradoras das fontes, na realidade pouco tinham a ver com elas.
Genealogia
Atena junto às musas, de Frans Floris (c. 1560).
A genealogia das musas não é a mesma em todas as fontes. A noção mais comum é que eram filhas de Zeus, rei dos Olímpicos, e Mnemôsine, deusa da memória, e que nasceram em Pieria na Trácia, ao pé do monte Olimpo, pelo qual às vezes lhes chamavam Olímpicas, mas alguns autores como Alcmán, Mimnermos e Praxila as consideravam mais primordiais, filhas de Urano e Gaia. Pausânias explica que havia duas gerações de musas, sendo as primeiras e mais antigas filhas de Uranos e Gaia e as segundas de Zeus e Mnemôsine. Eram belas e sempre conseguiam o que elas queriam. Outras versões afirmavam que eram filhas:
Considerava-se Eufeme a ama-de-leite das musas e ao pé do monte Helicón sua estátua aparecia junto à de Linos.
Sobre seu número
Três musas em um baixo-relevo de Mantineia atribuído ao escultor de Praxíteles, século IV a. C.
Por Pausânias, sabemos que originalmente se adoravam a três musas no monte Helicón, na Beócia:
Dizia-se que seu culto e nomes haviam sido introduzidos pela primeira vez pelos Aloádes: Efialtes e Otos. Juntas formavam o retrato completo das pré-condições para a arte poética nas práticas religiosas. Também se reconheciam a três em Sición, onde uma delas levava o nome de Polimatía, e em Delfos, onde seus nomes eram idênticos aos das três cordas da lira, ou seja, Nete, Mese e Hípate, ou Cefisos, Apolonis e Boristenis, que eram os nomes que as caracterizavam como filhas de Apolo.
Como filhas de Zeus e Plusia se acham menções a cinco musas:
Algumas fontes, na qual por sua vez são consideradas filhas de Píeros, mencionam sete musas chamadas Piérides: Neilos, Tritone, Asopos, Heptapora, Aquelois, Tipoplos e Rhodia, e por último outras mencionam oito, que também se diz que era o número reconhecido em Atenas.
[editar] As nove musas canônicas
Finalmente, consolidou-se em toda a Grécia o número de nove musas. Homero menciona algumas vezes uma musa e outras vezes várias musas, mas somente uma vez a Odisseia cita que eram nove. No entanto, não menciona nenhum de seus nomes. Hesíodo, na Teogonia, é o primeiro que dá os nomes das nove, que a partir de então passaram a ser reconhecidas. Plutarco afirma que em alguns lugares as nove eram chamadas pelo nome comum de Mneae ("recordações").
As nove musas canônicas são:
Apesar da difundida crença, não havia correlação entre as artes tradicionais (que eram seis) e as musas, sendo tal associação uma inovação posterior.
Representações artísticas
Nas obras de arte mais antigas se encontram somente três musas e seus atributos são instrumentos musicais, tais como o aulos, a lira ou a viola.
Na arte romana, renascentista e neoclássica, cada uma das nove musas recebiam, ao serem representadas em esculturas ou pinturas, atributos e atitudes diferentes, em função da disciplina artística ou científica com a qual eram associadas, o que permitia distingui-las:
Em algumas representações as musas aparecem com plumas sobre suas cabeças, aludindo a competição com as sereias. Também apareciam em ocasiões acompanhadas de Apolo.
Mitologia
Nos poemas homéricos considera-se as musas deusas da música e da poesia que vivem no monte Olimpo. Ali cantam alegres canções nas reuniões dos deuses, e no funeral de Pátroclo cantaram lamentos. Da estreita relação existente na Grécia entre a música, a poesia e a dança pode também inferir-se que uma das ocupações das musas era o baile. Como lhes adoravam no monte Helicón eram naturalmente associadas com Dioniso e a poesia dramática, e por isto eram descritas como suas acompanhantes, companheiras de jogo ou amas-de-leite.
O poder que lhes atribuem com mais freqüência é o de trazer a mente do poeta mortal os sucedidos que há de relatar, assim como outorgar-lhe o dom do canto e dar-lhe elegância ao que recitar. Não há razão para duvidar de que os poetas mais antigos eram sinceros em sua invocação às musas e que realmente se crêem inspirados por elas, mas em épocas posteriores, igualmente na atualidade, tal invocação é uma mera imitação. Ao ser deusas do canto, estão naturalmente relacionadas com Apolo, o deus da lira, que também instruía aos bardos e era mencionado junto a elas incluso por Homero. Em épocas posteriores, Apolo é muito situado em uma estreita relação com elas, pois lhe descrevem como chefe do coro das musas com o epíteto Apolos Musagetes (Μουσαγέτης).
Outra característica das Musas é seu poder profético, que lhes pertence em parte porque eram consideradas como ninfas inspiradoras e em parte por sua relação com Apolos, o deus profético de Delfos. Daí que instruíram, por exemplo, a Aristeu na arte da profecia. Como os poetas e os bardos obtinham seu poder das musas, e ainda que a idéia mais geral é de que, como as demais Ninfas, eram divindades virginais, alguns eram com freqüência chamados seus discípulos ou filhos:
Musa lendo um pergaminho (talvez Clio), Beócia, c. 435-425 a.C. , no Museu do Louvre
Ainda que as musas não tenham ciclo legendário próprio, lhes atribuem alguns mitos menores: Mársias era um pastor frígio (em outras versões, um sátiro que desafiou Apolo a um concurso de música. Havia encontrado um aulos inventado por Atena que esta havia jogado porque lhe fazia inchar suas bochechas. Apolo tocou sua lira e Mársias esta flauta, e ambos o fizeram tão bem que nem as musas puderam decretar um vencedor. Então Apolo desafiou a Mársias a tocar o instrumento ao contrário: ele girou sua lira e tocou, mas o aulos não podia ser tocado ao contrário. Então as musas declararam vencedor a Apolo. Apolo, para castigar a Mársias por sua soberba e audácia ao desafiar a um deus, lhe atou a uma árvore e o esfolou vivo, dando seu sangue origem ao rio Mársias (em outras versões, os sátiros e as dríades lhe choraram tanto que foram suas lágrimas as que geraram o rio).
As piérides eram sete donzelas filhas do rei Píeros de Pieria, na Trácia, muito hábeis na arte do canto que, orgulhosas de seu talento, desafiaram as musas. As ninfas do Parnasos foram nomeadas como juízas, e como era de esperar falaram a favor das musas. Estas castigaram as piérides transformando-as em urracas, mudando assim suas vozes em grasnidos.
Após ser assassinado pelas mênades, servas de Dioniso, as musas recolheram os destroços do cadáver de Orfeu, filho de Calíope, e os enterraram ao pé do sagrado monte Olimpo, onde diz-se desde então que os rouxinóis cantam com mais doçura que em nenhum outro lugar.
Tamiris, legendário cantor filho de Filamon e da ninfa Argíope, desafiou as musas, exigindo ao sair vencedor unir-se sucessivamente com as nove. As musas venceram, e cegaram Tamiris por sua Hibris.
As sereias, filhas de Calíope ou Terpsícore com o rio Aqueloos, igualmente se atreveram a competir com elas, foram privadas das plumas de suas asas, que as próprias musas puseram como adorno.
[editar] Funções na sociedade
A palavra grega mousa é um substantivo comum além de um tipo de deusa: significa literalmente "canção" ou "poema". A palavra deriva provavelmente da raíz indo-europeia men, que é também a origem do grego Mnemôsine, do latim Moneta, e das palaras "mente" e museu. Ou, alternativamente, de mont, "montanha", devido a sua residência no monte Helicón, que é menos provável em significado, mas mais provável lingüisticamente.
As musas eram, portanto as personificações e as patrocinadoras das representações de discursos em verso ou mousike, "arte dasmusas" (de onde provém "música"). No período arcaico, antes de que os livros estivessem amplamente disponíveis, isto incluía quase todas as formas de ensinamento: o primeiro livro grego de astronomia, por Tales de Mileto, estava escrito em hexametros dactílicos, igual que muitas outras obras da filosofia pré-socrática. Tanto Platão com os pitagóricos incluíam explicitamente a filosofia como um subgênero de mousike. Heródoto, cujo principal meio de expressão era a recitação pública, chamou a cada um dos nove livros de suas Histórias com o nome de uma musa diferente.
Para o poeta e legislador Solón, as musas era "a chave da boa vida”, pois traziam tanto a prosperidade como a amizade. Solón buscou a perpetuação de suas reformas políticas através do estabelecimento da declamação de sua poesia (completada com invocações as suas "musas práticas) por parte de jovens atenienses nos festivais de cada ano.
Funções na literatura
As musas são invocadas tipicamente ao princípio, ou próximo, de um poema épico ou história clássica grega. Serviam de ajuda a um autor, ou como autêntico orador do qual o autor não era mais que a voz. Originalmente a invocação as musas era uma indicação de que o orador se movia na tradição poética, de acordo com as fórmulas estabelecidas.
Alguns exemplos clássicos são:
|
Conta-me, musa, a história do homem de muitos senderos, que, depois de destruir a sacra cidade de Troia, andou peregrinando larguíssimo tempo. |
|
|
Conta-me, musa, as causas; ofendido que numen ou dolida por que a rainha dos deuses a sofrer tantas penas empurrou a um homem de notável piedade, a fazer frente a tanto incomodo. Tão grande é a ira do coração dos deuses? |
|
|
Oh musas, oh altos gênios, ajuda-me! Oh memória que aponta o que vi, agora se verá tu autêntica nobreza! |
— Dante Alighieri, A Divina Comédia, Inferno II |
|
Canta celeste Musa a primeira desobediência do homem. E o fruto daquela árvore proibida cujo funesto manjar trouxe a morte ao mundo e todos nossos males com a perda do Éden, até que um Homem, maior, reconquistou para nós a mansão bem-aventurada |
|
|
Quem me dera uma musa de fogo que os transporte ao céu mais brilhante da imaginação; príncipes por atores, um reino por teatro, e reis que contemplem esta cena pomposa. |
— William Shakespeare, prólogo de Enrique V |
|
Esta, que me ditou, rimas sonoras, culta sim, ainda que bucólica, Talía. |
— Luís de Góngora, primeiros versos da Fábula de Polifemos e Galateia |
Culto às musas
A adoração das musas surgiu originalmente na Trácia e na Pieria sobre o monte Olimpo, de onde foi levado à Beócia, de forma que os nomes das montanhas, grutas e fontes relacionados com seu culto foram igualmente transferidos do norte ao sul. Próximo do monte Helicón, dizia-se que os Alóadas: Efialtes e Otos lhes ofereceram os primeiros sacrifícios, e no mesmo lugar havia um santuário com suas estátuas, as fontes Hipocrene e Aganipe (pelo qual às vezes eram chamadas Hipocrenídes e Aganípedes), e sobre o monte Leibethrion (Leibethrionídes), que está relacionado com o Helicón (Heliconíades), havia uma gruta consagrada a elas. Dizia-se que Píeros, um macedônio, foi um dos primeiros em introduzir a adoração das nove musas da Trácia a Téspias, ao pé do Helicón. Ali havia um templo e estátuas, e os téspios celebravam um solene festival das musas no Helicón, chamado Museia (Μουσεἲα). O monte Parnaso estava de igual forma consagrado a elas, com a fonte de Castalia, próxima da qual tinham um templo, e a cova Coricia, pelo qual eram às vezes chamadas Castálides, Corícides ou Coricias.
Tália, musa da comédia, segurando uma máscara - detalhe de Muses Sarcophagus, as nove musas e seus atributos; mármore, século II, Via Ostiense, Museu do Louvre
Da Beócia, que se tornou portanto o centro de adoração das nove musas, se estendeu mais tarde às demais regiões da Grécia. Por isto existe um templo das musas na Academia de Atenas. Ofereciam-lhes sacrifícios em Esparta antes de ir à batalha; em Trecén, onde seu culto foi introduzido por Ardalos, lhes ofereciam sacrifícios junto com Hipnos, o deus do sono; em Corinto tinham consagrada a fonte Pirene (Pirenídes), a fonte de Pégasos; em Roma tinham um altar em comum com Hércules, que também era considerado um Musagetes, e possuíam um templo em Ambracia adornado com suas estátuas.
A adoração às musas podia estar também relacionado com o culto heróico de poetas: tanto a tumba de Arquíloco em Tasos como as de Hesíodo e Tamiris na Beócia acolhiam festivais no qual as declamações poéticas eram acompanhadas de sacrifícios às musas.
Os sacrifícios que lhes ofereciam consistiam em libações de água ou leite e de mel. Os diversos epítetos com os quais eram designadas pelos poetas procedem em sua maior parte dos lugares que lhes estavam consagrados ou nos quais eram adoradas, ainda que alguns aludissem à doçura de suas canções.
Quando Pitágoras chegou a Crotona, seu primeiro conselho aos crotonienses foi construir um altar às musas no centro da cidade, para impulsionar a harmonia cívica e a aprendizagem.
A biblioteca de Alexandria e seu círculo de investigadores se formaram ao redor de um Mousaion ("museu" ou "altar das musas") próximo à tumba de Alexandre, o Grande.
Muitas figuras do Iluminismo buscaram restabelecer um "Culto às musas" no século XVIII. Uma famosa loja maçônica na Paris pré-revolucionária era chamada Les Neuf Sœurs ("nove irmãs", ou seja, nove musas), e a ela estavam presentes Voltaire, Benjamin Franklin, Danton e outros personagens influentes da época. Um efeito secundário deste movimento foi o uso da palavra "museu" (originalmente, "lugar de culto as musas") para referir-se a um lugar destinado a exibição pública de conhecimento.
Miscelânea
Os Doze Trabalhos de Hércules
Gregos
Os Trabalhos
Heróis